A flor que nasce e desabrocha, se desdobra na humanidade para reparar sentimentos:
- No nascimento; é sinal de bem-vindo a este momento;
-No casamento; na mão trêmula da noiva que a prende entre os dedos;
-Na moça que pula e agarra, no sonho desse evento;
-Na crença às Deusas, lançam-na ao mar. É fortuito esse acontecimento.
-No pedido de desculpas das palavras soltas como vento;
-No comecinho do namoro; o sorriso de quem as recebe;
-No término do namoro, desperdício delas, já não as querem mais.
- No vasinho regado do homem solitário em seu apartamento;
-Nas coroas enfeitadas na cabeça pra pular carnaval;
-Nas coroas entregues para desejar condolências;
- Nos cantinhos dessa cidade cinzenta, anônimas entre concretos;
-Resistem florescendo;
-Continuam a desabrochar;
-Colorem espaços horrendos;
-Acalmam aqueles que param para ver o que está acontecendo.
Se eu fosse flor, despetalava-me no ar,
Espalhava pétalas de mim por todo lugar;
Dissipava-me no mundo,
Queria ver vocês resolvendo isso
Sem me responsabilizar por tudo.
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